terça-feira, 12 de julho de 2011

Cavigann



Até há muito pouco tempo idealizava a vingança como algo cinematográfico, perfeito para esgotar bilheteiras de cinemas. Não como um sentimento firme, não como um objectivo forte apenas como algo que fazia parte do meu imaginário, imaginário esse que pensava que a vingança só tinha o seu devido lugar em Hollywood. Mas estava enganado, eu e a maioria das pessoas. A vingança é, direi eu, a maçã proibida que Eva trincara: tentadora por fora mas venenosa por dentro. Depois de alguns acontecimentos descobri que a vingança não tinha sinónimos e se os tinha estes poderiam ser discutíveis, talvez justiça? Desforra!? Punição!? Castigo!? E qual a condenação aos ditos vingadores!? Será que estes são melhores pessoas que os vingados!? Outrora, houve um tempo em que eu, enquanto sonhador de um mundo pouco terreno, me sentia incapaz de cometer vingança – sangrenta e hostil vingança – no entanto hoje não sei se forças me restam para parar de cometer tal acto.